quarta-feira, 28 de junho de 2017


Esgotamento sanitário inadequado prejudica a fauna aquática

            A abrangência da utilização de agrotóxicos não se dá apenas em relação aos alimentos, mas também à questão de poluição hídrica. Segundo a professora e bióloga Francesca Ferreira — DCVida/ Unijuí —, tanto com agrotóxicos e ainda mais com o esgotamento sanitário inadequado, a bacia hidrográfica ou afluentes do Rio Ijuí, que reúne 36 municípios, ainda não possui uma rede de tratamento satisfatória.
            “Há um estudo na Argentina, que mostrou a contaminação com agrotóxicos (Glifosato e outros) de todo o sistema Paraná-Uruguai (Bacia do Prata)”, informa a professora. Em nossa região, segundo informações do CACON, o índice de câncer é maior do que a média nacional.
            Em relação à bacia hidrográfica do Rio Ijuí e os agrotóxicos, “não existe ainda um estudo relacionando-os à contaminação das águas”. Segundo dados de 2016 da BBC, emissora de rádio e TV, com sede em Londres/ Reino Unido, os produtores gaúchos são os que mais utilizam esses produtos nas plantações e acabam por sofrer as consequências com a alta incidência ao câncer.
            Já a fauna aquática sofre juntamente com o ser humano os reveses da poluição. Através da contaminação direta os peixes são expostos a doenças e a mutações. “Na maior parte das vezes os peixes não morrem rapidamente, a não ser por um volume grande de poluentes num curto espaço de tempo, mas desenvolvem muitas doenças, sofrem mutações, assim como os humanos”, destaca a professora.
            O saneamento básico: esgotamento sanitário, gestão adequada de resíduos sólidos, drenagem urbana eficiente, vem a ser um dos caminhos propostos pela professora Francesca para melhores condições à natureza e ao ser humano. Mas, também, a recuperação de matas ciliares, no mínimo o que recomendo o código florestal de 2012, a recuperação e conservação dos solos. E o fundamental: “A redução e banimento do uso de agrotóxicos, mudança no modelo de produção, ou seja, agroecologia”, finaliza.




Érico Hammarström, acadêmicos de Jornalismo da Unijuí – Agência de Notícias

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