sexta-feira, 15 de setembro de 2017



Dia de Campo debate Produção de Alimentos e Agrotóxicos

As atividades do Dia de Campo realizado pelo GT Macrorregional sobre Agrotóxicos, no distrito de Santana, marcaram esta sexta-feira, 15 de setembro. O evento reuniu um público de agricultores, alunos das escolas estaduais do interior e membros de entidades ligadas à agricultura, meio ambiente e saúde para debater acerca do tema “Produção de Alimentos e Agrotóxicos: uma questão de saúde”.
A programação teve início às 9h, com o painel “Intoxicações causadas por agrotóxicos e os impactos na saúde”, ministrada pela médica especialista em toxicologia aplicada, do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Virgínia Dapper. Ela salientou a dificuldade que existe para mapear os impactos toxicológicos dos produtos agrícolas, pois ao realizarem exames, são analisados os produtos de formas separadas, no entanto, na agricultura, são utilizadas misturas destes produtos.



“No que tange o papel dos médicos para diagnosticar a intoxicação por agrotóxicos, precisamos enfatizar que hoje só existem exames médicos que diagnosticam intoxicação por organofosforados (conjunto de compostos químicos), por isso, é muito importante que o agricultor relate ao médico quando teve contato com agrotóxicos pela última vez antes de os sintomas começarem a aparecer”, afirma. A médica destacou ainda a importância da atuação do agente comunitário de saúde, que chega até a casa do agricultor com informações, o que possibilita e auxilia no processo de conscientização sobre o uso indiscriminado de agrotóxicos.




Nesse contexto, o tenente Fernando Hochmuller, especialista em policiamento ambiental na 2ª Companhia de Polícia Ambiental de Cruz Alta, relatou sobre a importância das denúncias sobre o uso indiscriminado dos agrotóxicos. Em sua fala, demonstrou com dados e fotos, os casos que aconteceram na região em que muitos agricultores foram afetados pelo uso de agrotóxicos realizado por vizinhos. “Em muitos desses casos, tivemos pessoas apresentando sérios sintomas de intoxicação, além de morte de animais e contaminação da água e solo. Esses fatos que trago são fatos reais, não são estudos ou estatísticas, mas sim a realidade de nossa região”, conclui frisando que as denúncias devem ser feitas à Polícia Ambiental de Cruz Alta e os responsáveis podem sofrer com a pena de reclusão da liberdade pelo tempo de 1 a 4 anos e/ou multa que pode variar de R$ 500 a R$ 2 milhões.


Na parte da tarde, o agrônomo presidente da Apaju, Luiz Volney Viau, debateu sobre “Agroecologia: uma transição possível”. Ele apresentou as propriedades de solo e os tipos de tratamentos utilizados, exemplificando com fotos e projetos da prática da implementação da agroecologia. O agrônomo encerrou sua fala chamando atenção para a necessidade de tornar o alimento como o principal medicamento do homem, prestando atenção nas suas propriedades naturais e relembrando da importância de se ter um alimento puro e livre de agrotóxicos.
A nutricionista Eilamaria Libardoni Vieira, deu continuidade às discussões da tarde, falando sobre o projeto “Agroindustrialização de hortaliças orgânicas produzidas na região noroeste”, desenvolvido na Unijuí. O projeto tem por objetivo avaliar a quantidade de hortaliças orgânicas produzidas na região, tendo o processamento das hortaliças realizado nos laboratórios de Nutrição e Bromatologia da Unijuí. Com isso, quer-se encontrar uma forma de ampliar a vida de prateleira dos produtos, melhorando os aspectos ligados a comercialização, validando ainda as experiências locais com agricultura orgânica e agroecológica em toda região noroeste.
A programação ainda contou com oficinas concomitantes como a Mostra da Biodiversidade Regional (Patran – Cruz Alta), Exposição Colheita Venenosa, do Museu Municipal Olindo Feldkircher, de Selbach, Solos e Alternativas, com Jair Matos Borba (Fetag), e a oficina sobre Plantas Medicinais, do Grupo de Saúde Popular do STR. 

*Confira a galeria completa de fotos no Facebook do GT.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017



GT participa de Seminário sobre Intoxicações por Agrotóxicos

O Grupo de Trabalho Macrorregional sobre Agrotóxicos participou, no dia 17 de agosto, do Seminário sobre Intoxicações por Agrotóxicos, no auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), em Porto Alegre. O GT foi representado pela fonoaudióloga Elisa Lucchese, do Cerest, integrante da coordenação do grupo de trabalho da região e Sandra Souza, enfermeira da 9ª Coordenadoria Regional de Saúde do município de Santo Ângelo.

                O evento foi organizado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) o qual convidou o GT para falar de suas ações. O evento contou com um público de cerca de 150 profissionais da saúde, coordenadorias regionais, Cerests e municípios de todo o Estado do Rio Grande do Sul.



Calendário de Atividades do GT