segunda-feira, 17 de abril de 2017


Agrotóxicos perigo silencioso 


Muitos agricultores utilizam o agrotóxico em suas plantações para ajudar na produção, mesmo sabendo que oferece riscos tanto à saúde do consumidor final quanto a deles próprios quando estão lidando com os pesticidas. Conforme o site InfoEscola, os agrotóxicos foram desenvolvidos durante a Primeira Guerra Mundial e foram muito utilizados na Segunda Guerra Mundial, como arma química. Após o término da guerra, eles passaram a ser usados como defensivo agrícola e são utilizados até hoje. Quando terminaram as guerras havia fome na Europa, surgindo então a “revolução verde”, que tinha como objetivo fomentar a agricultura, resultando na produção de alimentos.
No ano de 1970, diversas fábricas mundiais foram transferidas para o Brasil, país que está entre os cinco maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. Quem tem o controle dos agrotóxicos, hoje, é o Ministério da Saúde e quem controla as questões ambientais é o IBAMA. O governo é encarregado de transmitir todos os dados ao Ministério da Agricultura.
O Dr. Roberto Carbonera, professor do Departamento de Estudos Agrários UNIJUÍ, aponta que o uso dos agrotóxicos pode provocar intoxicações agudas, que se manifestam logo após a exposição do produto. Ele enfatiza que é possível produzir sem utilizar agrotóxicos. “Há muitos produtos como hortaliças, frutas, cereais, arroz, feijão que podem ser cultivados sem o uso de agrotóxicos, garantindo uma melhor qualidade também de vida aos consumidores e produtores. Entre os produtores da região Noroeste mais de 95% utilizam os agrotóxicos”, comenta.



No RS ocorrem cerca de 700 casos de intoxicações por ano, segundo relatório de Centro de Informações Toxicológicas do RS, CIT/RS. Há relatos consistentes do Centro Avançado de Combate ao Câncer (CACOM) de que certos tipos de câncer estão relacionados à exposição de determinados agrotóxicos. Existem produtos que desregulam o sistema endócrino, podendo causar disfunções hormonais nos organismos.
“O modelo de agricultura praticado leva em conta o uso destes produtos. Entretanto, há necessidade de se combater o uso indiscriminado e não permitido de produtos em determinadas condições e usá-los estritamente quando necessários. A sociedade deve exigir que os produtos consumidos não apresentem resíduos acima do permitido”, conclui Carbonera.


Por Rafael Rambo Juma Eid – acadêmico de Jornalismo – Agência de Notícias

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